sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Alcides Simões - À abstenção pondero...
Muito se tem especulado sobre a abstenção às urnas, a alguém aproveita e não se passa disto. Decididamente, não cometo o mesmo erro de Pilatos de há dois mil anos e que de nada lhe serviu, pelo que inverto o ónus; o encargo; a atitude positiva, e jamais poderá alguém, em consciência, culpar-me dos vossos erros. Não sou candidato a Chefe do Estado, mas sou livre de pensar e: não vos reconheço o direito de decidir que não querem decidir, pois que tal direito não vos assiste e pergunto: de que outra forma poderia ser?
Somos um Povo com noção de família, adeptos ferrenhos e ficamo-nos por aí. Quando as coisas vão de mal a pior dizemos que não vale a pena fazer nada, que a culpa é dos outros. Que são todos iguais, não vale a pena mudar e aquele já conhecemos. É o meu clube…E porque cada um tem a sua vida para viver, não só ignoramos o nosso dever e reclamamos mais direitos ao Estado como também, em nome do Estado, em campanhas eleitoralistas se promete tudo, induz-se que darão aquilo que tecnicamente já temos e, ardilosamente, com desculpas gastas e esfarrapadas de tanto uso, promete-se o antes prometido e não cumprido…dito de forma a não darmos por isso.
Aproxima-se a época dos jogos de "atirar a pedra e esconder a mão", todos têm inscrição gratuita mas muitos faltarão. Se alguém se atrevesse a decidir, em nome do dever, " é preciso cultivar, hora a hora desbravar…" que o direito de inscrição prescreveria por falta de uso, as claques invadiriam o campo, o público levantar-se-ia nas bancadas, o estádio ruiria e seria necessário reconstruir….
Por mim, porque uma falta é uma falta, (seja do incumprimento do prazo de pagamento; chegar tarde ao trabalho…ou incumprimento de um dever cívico) é devida justificação. Neste caso, o pedido de justificação expresso podia, ou não, ser gratuito. A relação nominal dos faltosos que se fizessem dispensados de justificar o incumprimento do dever seria publicada em Diário da Republica e amplamente publicitada, na medida em que indicia tendência para o incumprimento de obrigações para com o Estado, e até as profissionais entre particulares. Se tal se revelasse ineficiente, a norma penalizadora poderia ser: o incumprimento deste dever de cidadania será factor a ter em consideração para ingresso na Administração Pública (Directa e Indirecta); estágios; ocupação de cargos públicos; políticos. A entender-se como entendo, se todos cumprirem teremos mais cidadania, pelo que convido todos a que queiram ser CIDADÃOS. Se concorda comigo, vote em mim, pois que farei bom trabalho por Pombal. Se discorda… paciência, mas vá às urnas. Afinal, se a democracia que temos é boa, então todos os Partidos são bons e cada um puxa a brasa à sua sardinha.
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